Auguste Comte foi o primeiro a chamar de Sociologia o estudo sobre o comportamento social. O que era conhecido como Física Social, por basear-se em leis da Física e da Matemática para explicar os fenômenos sociais, virou, então, a Sociologia - assim como se conhece hoje.
Para Comte - e depois Spencer - , haveria uma sequência lógica na ocorrência dos fenômenos sociais com fatores condicionantes que determinariam o que viria a seguir, na história da Humanidade. Haja cálculo!
O pai do Positivismo e de todos os sociólogos, porém, quedar-se-ia pasmo ante a sociedade de nossos dias. Estereótipos em profusão, prova do endeusamento do Grande Ser - como pretendia o viés religioso do pensamento positivista - são replicados em escala industrial, graças à globalização. O Altruísmo, termo cunhado pelo Positivismo, esse permanece um ilustre desconhecido das massas. Foi nisso que deu o homem ter-se afastado de Deus, como também era a proposta do Positivismo - avesso ao sobrenatural e toda essa coisa metafísica que se insistia em chamar de espiritual. Amor por princípio? Hoje, em lugar de Altruísmo temos o Consumismo, que faz o caminho inverso: alimenta o Ego. Carro novo e maior a cada ano, celular último tipo, qualquer coisa que tenha preço será comprada e depois trocada por uma melhor. Até gente vira mercadoria e é sumariamente descartada. A natureza, explorada até o esgotamento de seus recursos, em breve será obra de colecionador. O estresse dos grandes centros urbanos, a violência e a morte invadindo ruas e escolas. Ordem por base? Mais robôs, menos gente produzindo. Desemprego, depressão, solidão coletiva. Progresso por fim? Pois, na esteira da desordem mundial, já vai também o Capitalismo agonizando em vertiginosa decadência.
Qual será o desdobramento desse comportamento social complexo? Façam suas apostas! Ou melhor: suas análises. Eis aí a Física e a Matemática - inalteradas. Que deixem entrar Morin e seu patchwork de conceitos tão previsíveis quanto provisórios. Mas, alguém responda a pergunta - e rápido!
