Debruçar-te-ás sobre as tumbas
dos gigantes iluminados
cujos antepassados num ímpeto
de vanglória
fundaram a portentosa Babel
Indagar-te-ás por entre as sombras
e responder-te-ão os desencarnados
cujos espíritos, banidos do firmamento,
retorcem-se à penúria
por terem, na origem, subvertido seu papel
Então, alimentar-te-ás do néctar das obras
e do pão malignos, bem paramentados
cuja morte certa será o teu merecimento
ainda que te conforte a luxúria
Trazem para ti os que sobem do abismo com teu mel
Assim que não verás que tombas
E do teu sangue já embriagados
põem-se a rir do teu tormento
e a apagar da Terra a tua memória
Os que te desviaram do eterno Céu