domingo, 11 de março de 2012

Cris Cases escreveu:


Crônica da Saudade Atropelada

Saudade!
Pois é. Poderia ser outra notícia, porque, saudade a essa altura, não condiz com a realidade - pelo menos uma delas. E haverá de me entender aquele que vive mais de uma realidade por dia, como eu. 
Tenho visto diariamente em alguns cenários nos quais coexisto, pessoas que, por necessidade ou por dor imensa ou por quaisquer sentimentos de menos-valia, se lançam umas sobre as outras num frenesi que se pretende contagiante - haja vista a quantidade de feromônios aspergidos nesse movimento. Eu, porém, tornei-me imune. 
Eis o que lancei na cara daquele que voejava por sobre minha cabeça:
"Como voam ligeiras as flechas do Cupido!
 Irrita-se ele com minha risada
 de fiel amante
 porque, de tão transparente,
 este meu coração tornou-se
 invisível aos olhos do infeliz arqueiro"
E o meu protesto contra a ditadura da frieza dos romances de hoje em dia tem só uma bandeira. E contém só uma palavra. Carregada de tanta coisa que não suporta muita espera. E quisera fosse pequena, mas o contrário é a verdade. 
Minha bandeira é a SAUDADE.

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