quarta-feira, 21 de março de 2012

Victor Soares Rodrigues Pereira escreveu:


marcas

E os barcos perderam seus rumos
E os passos se desencontraram
Foram muitos senões...
E essa porta entreaberta permitia
Espiar tuas salas brancas
E teu corpo estirado
Esperando qualquer suspiro de vida
Foram as valsas em vão?
Eu corri feito louco à procura de uma janela
Para que eu pudesse gritar por socorro
Porém os barcos perderam o mar
E os passos perderam o chão
E meu corpo perdeu sua cor
Foram muitos acasos...
Ficaram somente marcas de tinta escura
Esperando a chuva que as possa lavar

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